Viagem ao Uruguai de Moto sem Destino Certo.

Viagem ao Uruguai de Moto sem Destino Certo.

Neste post contarei como foi nossa desastrosa viagem rumo ao Uruguai, de motocicleta e sem termos noção de onde iríamos parar. Leia tudo para que você aprenda o que não fazer em uma viagem!

Era dia 15/04/19, levantamos cedo em Pelotas e arrumamos as coisas para partir. Eu ainda estava com dor de cabeça mas falei para o Ellison que podíamos seguir viagem assim mesmo.

Conversamos bastante e resolvemos não deixar uma hospedagem reservada, uma porque seria a primeira vez que passaríamos pela imigração e não sabíamos quanto tempo perderíamos nessa etapa.

Outra, porque nossa ideia inicial era ficar em Punta del Diablo, mas talvez conseguíssemos seguir mais para frente.

Este foi nosso primeiro erro nesse dia… por diversas vezes, durante o mochilão, viajamos sem destino certo e sem hostel alugado, mas neste dia não foi uma ideia!

Enfim, seguimos lindos e maravilhosos rumo ao Uruguai!

Estava relativamente calor, então vestimos uma segunda pele, a jaqueta e a calça jeans. Roupa mais que suficiente para o outono do Brasil.

A estrada estava tranquila e neste dia começamos a parar em todos os postos de combustíveis que encontrávamos, pois sabíamos que eles começariam a ficar mais espaçados pelo caminho.

Quase chegando ao Chuí, ainda no Rio Grande do Sul, senti uma pontada na minha coxa esquerda que doeu muito. Fiz o Ellison parar assim que foi possível para eu descobrir se havia sido um bicho ou uma pedra a me acertar.

Entrei no banheiro, pensando na pessoa de sorte que sou pois é só comigo que essas coisas acontecem, e baixei as calças para ver o local que doía. Para minha alegria, não encontrei marca de nada. Ajeitei minhas vestes e fui continuar a viagem.

Eram quase 13 horas quando chegamos na imigração, descemos da moto, preenchemos papéis e carimbaram nossos passaportes. Tudo certo e relativamente rápido.

estrada para uruguai

Entrando no Uruguai

Finalmente pisamos no Uruguai! Já havíamos visitado a Argentina, em duas excursões de um dia cada, mas aquela viagem era diferente! Passaríamos dias em países de língua espanhola e não sabíamos nada de espanhol… rsrsrs

Para nós, ali começou a aventura de verdade, a parte na qual apenas fazíamos uma ideia do que realmente nos aguardava.

O que mais estranhei foi a mudança de clima que fomo sentindo na estrada. Chuviscou levemente e não estava o calor que pegamos no Brasil.

Logo passamos pelas placas que apontavam para Punta del Diablo e resolvemos não parar naquela cidade. Prosseguimos com a intenção de parar em Punta del Este, o que nos renderia mais umas duas horas e meia de viagem.

Não me recordo com exatidão o tempo, mas faltava mais de uma hora para chegarmos na cidade quando o frio passou a ficar insuportável devido a nossa roupa mal escolhida.

Tomei uma decisão bem estupida e não quis parar para procurar uma roupa de frio no fundo das malas. Só pensava que queria chegar logo em algum lugar.

Em uma cidadezinha antes do nosso destino, havia uma praça repleta de árvores cujas folhas, em tons de marrom avermelhado do outono, cobriam o chão como um tapete.

Era uma paisagem incrível, mas não tivemos condições de descer e tirar fotos pois eu já estava tremendo mais que uma vara verde em dia de vendaval.

Posso dizer que a primeira “friaca” avassaladora a gente nunca esquece!

Mas esta ainda não foi a pior parte do dia!

Chegamos a Punta del Este, no Uruguai, e procuramos um posto com wi-fi para que pudéssemos encontrar um lugar para ficar. Não achamos nenhum e eu não tinha internet no celular, portanto estava sem acesso a mapas, aplicativos e a qualquer coisa que nos ajudasse.

Perguntamos aos frentistas onde havia um hostel mais perto e eles nos apontaram para um lado e deram várias direções das quais não entendemos nada, por causa do nosso péssimo espanhol.

Rodamos um pouco e constatamos que estávamos em uma parte mais “rica” da cidade e que qualquer hotel ali seria muito caro para nosso bolso. Começamos a ficar preocupados e o frio, mais a noite, tomando conta de nós cada vez mais.

Rodamos mais um bocado até encontrar um posto policial no meio de um parque chique. Desci da moto e entrei no lugar para tentar encontrar alguém. Um guarda, muito atencioso e simpático que salvou nossa noite, tentou nos indicar um local para ir onde ele acreditava ter um hostel.

Ele nos mostrou seu celular… usou um mapa… mas caramba! Eu não entendia nada! Além de não saber espanhol e não entender nada do que ele falava pois estava bem nervosa, sou péssima com mapas e localização.

Enfim, chamei o Ellison que entendeu mais ou menos para onde deveríamos ir, e fomos! Por sorte, chegamos no tal hostel.

O dono, que sempre tem muitos hospedes brasileiros, falava bem o nosso português e isso ajudou muito. Pegamos um quarto privativo, que não ficou tão barato, mas isso não importava mais… só precisávamos de um lugar quente e uma cama para descansar.

Descarregamos a moto e começamos a pensar nas besteiras daquele dia. Chegamos a conclusão de que não poderíamos fazer essa loucura de ir sem destino e onde ficar, e de que já estava em tempo de deixar as roupas de frio em primeiro plano na nossa mala!

Após nos instalarmos, saímos para comprar algo para jantar e uma sobremesa bem gorda para nos satisfazer!! Comemos o doce no quarto, enquanto usávamos a internet do wi-fi para definir como seria o dia seguinte.

dois pratos de macarrão com molho vermelho.

Continue acompanhando que a história só melhora e no próximo post falarei mais sobre Punta del Este e o ponto turístico interessantíssimo que visitamos.

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NoMundi

Somos nascidos e criados no interior do estado de São Paulo. Eu, Ariel, me formei em Processos Gerenciais e o Ellison em Administração com pós graduação na área de Empreendedorismo. Mas nosso amor mesmo é por obter novas experiencias em lugares diferentes. Nos casamos em 2019 e desde então nossa meta é viver este sonho pelo mundo e compartilhar nossas vivencias com nossos leitores e seguidores das redes sociais.

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