Passeio de Moto pelas Serras de Santa Catarina
Quem está nos acompanhando sabe por quais cidades já passamos, mas quem chegou agora sugiro que antes de ler sobre Urubici e nossos passeios de moto pelas serras de Santa Catarina, volte alguns textos e veja desde o inicio o que aconteceu com a nossa viagem até aqui.
O estado de Santa Catarina realmente nos impressionou, adoramos as paisagens, o clima, as estradas, as casas e as serras pelas quais passamos.
Saímos de São José e fomos direto a Urubici, em uma viagem de 2:30 horas bem tranquila, com o dia bom e ensolarado e velocidade média de 90km/h.
A estrada para chegar lá é muito bacana, tem muito verde, muitas árvores e algumas curvas que todo motociclista adora!
Urubici em si é pequena, tem um pouco mais de 10 mil habitantes, é uma típica cidade turística e seu centro é bem organizado e acolhedor. Se tivéssemos pesquisado mais sobre ela, com certeza teríamos ficado mais dias por lá, pois adoramos muito a cidade e a região.
Entretanto, o Ellison colocou ela no roteiro para podemos visitar duas serras famosas entre os motociclistas que estão em Santa Catarina. Uma fomos no dia que chegamos e a outra quando partimos.
Se não me engano, foi a partir desta viagem que iniciamos a rotina do “não almoçar”. Não que isso seja saudável mas foi uma atitude bem útil para a nossa viagem. Também não foi algo combinado, apenas aconteceu e percebemos que era uma boa estratégia.
E por que seria uma boa estratégia?
Notamos que para manter um bom consumo de gasolina na moto deveríamos andar mais lento que o normal, algo em torno dos 90km/h e isso acaba deixando nossos dias de viagem mais longos. Portanto, pular o almoço era uma economia de tempo.
Obviamente que procurávamos ter um excelente café da manhã e que comíamos que nem um boi no jantar mas, para compensar o almoço, levávamos uma fruta ou qualquer tipo de coisa que pudéssemos comer rapidamente em uma parada ou outra.
Ao chegarmos em Urubici, demos uma volta de moto pelo centro da cidade e decidimos sentar na praça para comer umas barras de cereal e esperar dar a hora de entrada do quarto de hostel que alugamos.
O centro estava fechado, o que para nós é muito estranho, pois no estado de São Paulo praticamente nada se fecha na hora do almoço rsrsrsr. Aguardamos aquela meia hora sentados e relaxando as pernas pois elas ainda iriam passear muito de moto naquele dia.
Um pouco sobre Urubici
Urubici é uma cidade relativamente nova, seu território começou a ser ocupado em 1915, porem somente em 1957 que foi considera um município.
Muito tempo antes da colonização estas terras eram ocupadas por índios dos povos Jê, que construíam casas subterrâneas para se abrigarem do frio do inverno.
Portanto esta região possui um extenso conjunto de sítios rupestres, onde foram encontradas pinturas, cerâmicas e outros objetos que indicam como pode ter sido a vida deste povo.
Falando sobre turismo, eu não poderia começar com outro ponto que não seja a Serra do Corvo Branco, pois ela foi um dos motivos que nos levou a Urubici.
A Serra do Corvo Branco está situada a 30km do centro da cidade, e sua “porta de entrada” é uma fenda entre dois paredões de pedra. É uma paisagem incrível.
Você deve ficar atento as curvas fechadas e as partes estreitas, porem não pode deixar de aproveitar o visual impressionante e nem as curvas que os motociclistas tanto adoram e procuram!
Ao final do passeio você vai chegar a Grão Pará.
A região conta com diversas trilhas para serem feitas a pé, de bicicleta ou até mesmo de moto (como nós fizemos). Possui lindas cachoeiras, passeios a cavalo, canoagem, exploração de cavernas e inúmeras outras atividades relacionadas ao ecoturismo para serem aproveitadas o ano todo!
Urubici também é um lugar gostoso para passar alguns dias tranquilos em pousadas ou hotéis aconchegantes, aproveitando restaurantes e a cidade acolhedora.
Nosso primeiro passeio no dia que chegamos, após retirar as bagagens da moto, foi na Serra do Corvo Branco. Lugar lindo e cheio de aventura, conforme falei acima. Muitos motociclistas vem do Brasil todo para rodar nas serras de Santa Catarina.
Logo após, resolvemos seguir algumas indicações do rapaz do hostel no qual nos hospedamos e fomos por uma trilha atrás de uma cachoeira (Cachoeira da Bailarina, se não me engano). A estradinha era uma mistura de terra com pedras mas haviam partes com tijolinhos que serviam de piso.
Foi uma mini aventura andar com a Ténéré ali e, para falar a verdade, ficamos meio perdidos pelo caminho… rodamos bastante e sequer vimos a cachoeira. rsrsrsr
O Ellison estava um pouco irritado pelo fato de não chegarmos a lugar nenhum e ele estava cansado. Mas a trilha em si era tão bonita, com o rio passando ao lado e as árvores características da região ao nosso redor, que não nos importamos tanto de não chegar ao ponto desejado.
Voltamos para o hostel, devo dizer que é um excelente estabelecimento, tomamos um banho e nos preparamos para sair para jantar, pois não estávamos com vontade de enfrentar o fogão naquele dia.
Foi nesse hostel que começamos a conhecer pessoas muito legais na nossa viagem (tirando os familiares, é claro!). Aqui conversamos bastante com um casal e seu filhinho, sendo ele brasileiro e ela australiana. Uma família muito bacana e simpática.
Confesso que ficamos morrendo de vergonha de tentar falar inglês com ela e acabamos interagindo mais com ele.
Enfim, este artigo já está bem comprido, portanto irei deixar para contar sobre a outra serra pela qual passamos no nosso próximo encontro!
Continue nos acompanhando e deixe suas dicas do que quer ler nesse blog!!
Fontes: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/urubici/historico http://www.clicrbs.com.br/sites/swf/dc_historiasreveladas/tablet/index.html http://turismo.sc.gov.br/cidade/urubici/
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